terça-feira, 2 de agosto de 2011

PRECISANDO DE AMOR (Luis Fernando Veríssimo)



Quem não gosta de ser amado? Ser paparicado? Receber atenção especial, presentinhos e beijinhos doces? Quem não gosta de surpresinhas gostosas, beijo na boca e abraços apertados? Quem é que de livre e espontânea vontade prefere a solidão a uma boa companhia? Ora, todo mundo quer uma boa companhia e de preferência para o todo sempre. Mas conviver com essa "boa companhia" diariamente por 3, 5, 10, 15, 25 anos é que é o difícil.




No começo dos relacionamentos e até 1 ano de vida amorosa, tudo são mais ou menos flores, (se o seu relacionamento tem menos de um ano e já é mais de brigas e discussões, caia fora dessa fria). Não adianta você dizer que depois de três meses apenas que "encontrou o amor de sua vida", porque o amor precisa de convivência para ser devidamente testado.





 Nesse mundo maluco e agitado, as pessoas estão se encontrando hoje, se amando amanhã e entrando em crise depois de amanhã. Uma coisa frenética e louca, que tem feito muita gente que se julgava equilibrada perder os parafusos e fazer muita besteira. 





 Paixão, loucura e obsessão, três dos mais perigosos ingredientes que estão crescendo nos relacionamentos de hoje em dia por causa da velocidade das informações e o medo de ficar sozinho.




 As pessoas não estão conseguindo conviver sozinhas com seus conflitos, vícios e qualidades, e partem desesperadamente para encontrar alguém, a tal da alma gêmea, e se entregam muitas vezes aos primeiros pares de olhos que piscam para o seu lado.







 Vale tudo nessa guerra, chat, carta, agência, festas e até roubar o parceiro de alguém. É uma guerra para não ficar sozinho.





 Medo, medo de se encarar no espelho e perceber as próprias deficiências, medo de encarar a vida e suas lutas.






  Então a pessoa consegue alguém (ou acha que está nascendo um grande amor), fecha os olhos para a realidade e começa a viver um sonho, trancado em si mesmo, nos quartos e no seu egoísmo, a pessoa transfere toda a sua carência para o(a) parceiro(a), transfere a responsabilidade de ser feliz para uma pessoa que na verdade ela mal conhece. 




  Então, um belo dia, vem o espanto, vem a realidade, o caso melado, o "falta amor" acaba, e você que apostou todas as suas fichas nesse romance fica sem chão, sem eira nem beira, e o pior: muitas vezes fica sem vontade de viver. 






  Pobre povo desse século da pressa!. Precisamos urgentemente voltar o costume "antigo" de "ter tempo", de dar um tempo para o tempo nos mostrar quem são as pessoas. Namorar e conhecer, e reconhecer, é época de pesquisas, de reconhecimento. Se as pessoas não se derem um tempo, não buscarem se conhecerem mais, logo em breve teremos milhares de consultórios lotados de "depressivos" e cemitérios cada vez mais cheios de "suicidas" cansados de si mesmos. 




                        Faça um bem para si mesmo e para os outros,
                                    quando iniciar um relacionamento        
                  procure dar tempo para tudo: passeie muito de mãos dadas, 






        converse mais sobre gostos e preferências, conheça a família e mostre a sua, 
                                                     descubra os hábitos e costumes.  


                                                            Parece careta demais? 






 Que nada, isso é a realidade que pode salvar o relacionamento e muitas vidas. Pense nisso e se gostar, passe essa mensagem para frente quem sabe se juntos, não ajudamos alguém carente de amor a encontrar um motivo para ser feliz.



                                                                Muita pretensão? 

                                                   Não, só vontade de te ver feliz.
                                                            Eu acredito em você! 



                                               E credito no amor que faz bem.....

















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